O míldio de vinha é uma doença fungosa, que causa sérios estragos nas várias vinhas pelo mundo, especialmente quando o tempo está húmido, chuvoso e ameno. A doença afeta tanto as uvas selvagens, como as cultivadas. O controlo do míldio da uva requer práticas de jardinagem que melhorem as condições de crescimento e minimizem a quantidade de água nas folhas. Leia para saber mais. Sobre os primeiros sinais das uvas com míldio, nestas uvas observam-se pequenas manchas amarelas-esverdeadas nas folhas, primeiramente entre as veias. As lesões podem ser difíceis de ver, mas, eventualmente, crescem e, em infeções severas, podem ficar castanhas escuras e quebradiças antes de caírem. Os primeiros sintomas de míldio nas vinhas podem, também, aparecer nas gavinhas e nos caules como depressões brilhantes e encharcadas de água, com crescimento de fungos difusos. Brotos e gavinhas jovens ficam atrofiados e distorcidos. As uvas com míldio ficam macias e castanhas claras e podem ficar cobertas com um denso crescimento de fungo cinzento. A fruta infetada nunca se desenvolverá normalmente. A Extensão Estatal de tratamento de míldio nas vinhas recomenda pulverizar as videiras com um fungicida, mesmo antes de florescerem, sete a 10 dias depois, e 10 a 14 dias depois disso, seguida de uma aplicação final três semanas mais tarde. Se o míldio foi severo na estação anterior, pode começar o processo um pouco mais cedo, pulverizando as vinhas duas semanas antes das primeiras flores. A região do Douro é bastante atacada pelo míldio de vinha.
Outras dicas sobre o controlo do míldio incluem plantar vinhas resistentes à doença, visto que algumas espécies são mais suscetíveis ao míldio. Escolher um local de plantação, onde as videiras estão todo dia expostas à luz solar. O espaço entre as vinhas deve permitir a circulação suficiente do ar. Cuidado com o excesso de rega. Se usa aspersores suspensos, aumente o tempo entre regas o máximo possível. Caso contrário, haverá excesso de água na base da planta. Assegure-se que as vinhas estão bem suportadas, para que não fiquem a arrastar no solo. Limpar bem a área no final da estação, para remover quaisquer restos de plantas doentes. Cultivar na primavera para enterrar as folhas infetadas e mumificar os bagos que ficaram a crescer na estação anterior. Podar as videiras anualmente, durante o período de descanso. Deixar apenas as videiras fortes e saudáveis, do ano anterior. Controlar as ervas-daninhas e ervas altas, à volta das plantas, e arredores. Nota: Quaisquer recomendações relativas ao uso de químicos são apenas para fins informativos. O controlo químico só deve ser usado, como último recurso, uma vez que as abordagens orgânicas são mais seguras e amigas do ambiente.
Como se contraí o Míldio nas vinhas?
- O fungo, que causa o mildio nas vinhas, está ao nosso redor e, portanto, é quase impossível de evitar. É espalhado pelo vento.
- Pensa-se que o fungo é originário na América do Norte. Portanto, as uvas norte americanas que co-evoluíram com ela são mais resistentes, que as Europeias.
- Uma pequena parte do fungo fica dormente nas uvas, durante o inverno, e as condições são favoráveis à sua rápida propagação pela planta.
- Tal como qualquer fungo, desenvolve-se melhor em ambientes frios e húmidos. É por isso que a doença é particularmente problemática em zonas costeiras. Uma estação de crescimento úmida e/ou uma camada marinha excessiva exacerbarão a doença.
- As temperaturas ideais para o crescimento do míldio são entre 21º e 29ºC.
- Elevadas temperaturas e luz solar são inibitórias do míldio.
Esperamos que se sinta preparado para combater o míldio de vinha com esta informação partilhada.